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Psol pede que Magno Malta seja incluído em inquérito no STF sobre atos golpistas
Psol pede que Magno Malta seja incluído em inquérito no STF sobre atos golpistas
Missionário está na Papuda e 33 capixabas estão detidos em ginásio da PF
por Redação NV News 11 de janeiro de 2023 Reading Time: 3 mins read
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Psol pede que Magno Malta seja incluído em inquérito no STF sobre atos golpistas
Senador foi citado na ação do partido que alega que ele e outros 10 parlamentares incitaram pessoas a participarem das ações criminosas em BrasÍlia Marcelo Pereira
O Psol e sua bancada na Câmara Federal entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a inclusão de 11 parlamentares, entre eles o senador eleito Magno Malta (PL-ES), no inquérito que investiga as responsabilidades de quem praticou atos golpistas em Brasília no último domingo (8).
Os atos criminosos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitaram sua derrota nas eleições, resultaram na invasão, destruição e vandalismo nas sedes dos Três Poderes: no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no prédio do STF.
A ação de 20 páginas foi protocolada no Supremo na noite de segunda-feira (9). No documento, é alegado que os parlamentares bolsonaristas incitaram as pessoas por meio de suas redes sociais.
“Apesar dos atos de terrorismo terem chocado todos aqueles defensores do Estado Democrático de Direito independentemente de inspirações ideológicas pessoais, alguns parlamentares se sentiram representados, veiculando mensagens de incentivo à prática criminosa“, registra o texto da ação.
Além de Malta, são citados os deputados federais Ricardo Barros (PP-PR), Silvia Waiãpi (PL-AP), José Medeiros (PL-MT), Coronel Tadeu (PL-SP), Carlos Jordy (PL-RJ) e os deputados estaduais André Fernandes (`PL-CE), Clarissa Tércio (P`P-PE), Júnior Tércio (PP-PE), Sargento Rodrigues (PL-MG) e Ana Compagnolo (PL-SC).
O partido ainda pede a suspensão das redes sociais dos parlamentares, quebra de sigilo telefônico e telemático e apreensão dos passaportes para que nenhum deles possa deixar o Brasil durante as investigações.
“Totalmente absurda”, diz Magno Malta sobre ação
Por meio de nota, o senador eleito Magno Malta classificou a ação do Psol de “totalmente absurda”. Confira na íntegra:
“É totalmente absurda essa ilação do PSOL! Reafirmo que eu não aprovo invasões e vandalismos, essas ações não são compatíveis com a cultura conservadora, cristã e patriota. Para finalizar, os meus advogados estão tomando providências sobre essa situação”.
Missionário está na Papuda e 33 capixabas estão detidos em ginásio da PF
Fabiana Tostes
Aumentou para 33 o número de bolsonaristas do Estado detidos após as invasões e atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (08). A informação é de um dos organizadores da caravana que levou seis ônibus do Espírito Santo para a capital federal.
Eles foram presos em frente ao QG do Exército de Brasília com mais de 1.200 pessoas e levados em 50 ônibus para o ginásio da Academia da PF, onde foi montada uma força-tarefa para fazer a triagem e pegar o depoimento dos bolsonaristas. Idosos e mulheres com crianças teriam sido liberados.
Na última segunda-feira (09), cinco pessoas tinham sido presas na garagem do prédio do STF. Dessas, três teriam sido liberadas. Segundo um dos organizadores, um dos presos seria Felício Manoel Araújo, 56, que num vídeo que circula na internet se identifica como “missionário Felício Quitito”.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape) do Distrito Federal disponibilizou, na tarde desta terça-feira (09), uma lista com 412 nomes (atualizada às 18 horas de ontem) dos que deram entrada no sistema prisional. O nome de Felício consta na lista e ele se encontra no Centro de Detenção Provisória II (Complexo da Papuda).
Nos vídeos que viralizaram nas redes sociais e em grupos de conversas, com uma Bíblia na mão e sentado na Mesa Diretora do Senado Federal, Felício diz:
“Foi muito gás. Tive que lavar meus olhos, molhar minha cabeça, mas graças a Deus, para a honra e a glória do Senhor Jeová, Jair Messias Bolsonaro estará voltando à nação e continuando o seu governo”.
Um dos organizadores da caravana, que também lidera um movimento de apoio a Bolsonaro e já deixou Brasília por medo de ser preso, disse que Felício é de Venda Nova do Imigrante e teria embarcado no ônibus que buscou bolsonaristas em Cachoeiro de Itapemirim.
Seis ônibus, entre quinta-feira e sábado, deixaram o Estado com destino a Brasília. Dois ainda estariam na capital federal e muitos passageiros voltaram ao Estado por outros meios, como avião e carro particular.
O líder do grupo disse que dos seis ônibus fretados que partiram do Estado, quatro tiveram patrocínio de um grupo de nove empresários. Em outros dois, foi cobrada passagem: R$ 400 para ficar no acampamento e R$ 580 com direito a duas diárias de hotel. O custo de cada ônibus, segundo o líder do movimento, seria de R$ 18 mil, conforme a coluna já tinha noticiado.
O vídeo de Felício viralizou em grupos de conversas e redes sociais, assim como de outros bolsonaristas capixabas. Dois chegaram a ser feridos por balas de borracha.