O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu a derrota nas urnas durante a reunião com integrantes da Corte, nesta terça-feira.
"O presidente da República utilizou o verbo acabar no passado. Ele disse acabou. Portanto, olhar para a frente", disse após o encontro.
A reunião, que durou pouco mais de uma hora, aconteceu no gabinete da presidente do STF, Rosa Weber. Outros integrantes da Corte também participaram, entre eles o decano Gilmar Mendes e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também veio ao Supremo. Na saída, disse que se tratou de uma visita de "cortesia" e que o clima da reunião foi tranquilo.
Mais cedo, interlocutores do presidente convidaram os ministros do STF para uma reunião no Palácio da Alvorada. O encontro chegou a ser marcado, mas houve resistência de parte da Corte de se reunir com Bolsonaro antes de ele reconhecer o resultado da eleição.
O presidente fez um pronunciamento no meio da tarde, o primeiro desde domingo. Em nota, o Supremo destacou a importância da fala do chefe do Executivo.
"O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições", disse o texto.