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Vitória e Vila Velha registram panelaço durante pronunciamento de Bolsonaro
Vitória e Vila Velha registram panelaço durante pronunciamento de Bolsonaro
O presidente foi alvo de protestos em vários estados durante pronunciamento feito na noite desta terça-feira (23) Redação Folha Vitória 23 de Março de 2021 às 23:24 Atualizado 23/03/2021 23:24:38 Foto: Reprodução Agência Brasil/ Isac Nóbrega/PR O presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços durante pronunciamento em rede nacional de rádio e TV nesta terça-feira (23). No Espírito Santo, os protestos foram registrados em Vitória, nos bairros Jardim Camburi e Centro, e no município de Vila Velha. A fala do presidente se deu no pior dia da pandemia, com 3.158 novas mortes pela covid-19, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Os protestos, que ocorreram sob os gritos de "Fora Bolsonaro" e "Bolsonaro Genocida", foram registrados, além do Espírito Santo, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Goiânia e Belo Horizonte. PUBLICIDADE A manifestação começou a ser convocada na tarde desta terça-feira (23) e teve o endosso de políticos e personalidades que se posicionam contra o presidente. >> Espírito Santo ultrapassa 7 mil mortes por covid-19 >> Casagrande faz novo apelo para que população fique em casa e vai intensificar a fiscalização no ES O pronunciamento foi gravado nesta terça, horas depois da posse do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que substituiu Eduardo Pazuello. O intuito foi melhorar a imagem do presidente, que sofre com o desgaste provocado pela condução da crise do novo coronavírus. Na última quarta-feira (17), pesquisa Datafolha revelou que o presidente bateu recorde de rejeição, com 54% dos entrevistados considerando sua gestão na pandemia como ruim ou péssima. A pesquisa ainda identificou queda na aprovação a Bolsonaro, com 22% considerando a gestão ótima ou boa - frente a 26% da pesquisa de janeiro. Nesta quarta-feira (24), Bolsonaro vai se reunir no Palácio da Alvorada com governadores e a cúpula do Legislativo e do Judiciário, além do procurador-geral da República, Augusto Aras. A ideia é anunciar medidas para contenção da pandemia, que já dura um ano e chegou ao pior momento no País. Cidades Ao contrário de panelaços anteriores, a manifestação desta terça em Brasília não foi acompanhada de gritos a favor do presidente. O bater de panelas também prosseguiu por alguns minutos depois do fim da fala do presidente. No Rio de Janeiro, um intenso panelaço foi promovido em vários bairros durante o pronunciamento do presidente. O barulho das panelas e gritos como "fora, Bolsonaro" e "assassino" foram ouvidos nos bairros de Botafogo, Flamengo, Copacabana, Leme, Ipanema, Glória, Cosme Velho, Laranjeiras, Jardim Botânico, São Conrado (todos na zona sul), Tijuca, Grajaú (zona norte), Jacarepaguá e Barra da Tijuca (zona oeste). O pronunciamento durou menos de quatro minutos, mas na maioria desses bairros os protestos contra a gestão do presidente se estenderam por mais de cinco minutos. Brasil será autossuficiente na produção de vacinas “Não sabemos por quanto tempo teremos que enfrentar essa doença, mas a produção nacional vai garantir que possamos vacinar os brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam surgir”, disse o presidente. Ele afirmou que até o fim do ano estarão disponíveis mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população que precisa ser imunizada no país. Segundo o Ministério da Saúde, esse público soma 170 milhões de pessoas. “Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la”, afirmou. O presidente voltou a afirmar que o país enfrenta dois grandes desafios, o vírus e o desemprego. “Em nenhum momento, o governo deixou de tomar medidas importantes tanto para combater o coronavírus como para combater o caos na economia, que poderia gerar desemprego e fome”, ressaltou. Bolsonaro destacou que o Brasil usaria qualquer vacina aprovada pelos órgãos competentes e falou sobre os contratos assinados ao longo de um ano para a produção de imunizantes. O presidente citou o contrato com a Universidade de Oxford para a produção, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca e o acordo com o consórcio Covax Facility para a produção de 42 milhões de doses. O presidente disse que intercedeu pessoalmente junto à fabricante Pfizer para a antecipação de 100 milhões de doses que serão entregues até setembro desde ano e também com a Janssen, garantindo 38 milhões de doses. “Quero destacar que hoje somos o quinto país que mais vacinou no mundo. Temos mais de 14 milhões de vacinados e mais de 32 milhões de doses de vacina distribuídas para todos os estados da federação, graças às ações que tomamos logo no início da pandemia”, destacou Bolsonaro, ao citar a classificação do país levando em conta o número absolutos de doses aplicadas. “Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve, retomaremos nossa vida normal. Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em suas famílias. Que Deus conforte seus corações!”