Dary Pagung confirmou que vai ocupar a 1ª Secretaria e Coronel Alexandre Quintino deve ficar com a 2ª Secretaria na Assembleia, que deve ficar, mais uma vez, sob comando de Erick Musso

A reeleição do presidente da Assembleia, Erick Musso (Republicanos), à Mesa Diretora da Casa, rendeu boas negociações e por fim o apoio do governador Renato Casagrande (PSB). Mas, não sem contrapartidas. Segundo fontes da Assembleia, dois aliados de Casagrande, o atual líder do governo na Casa, Dary Pagung (PSB) e Coronel Alexandre Quintino (PSL), devem ocupar a primeira e a segunda Secretarias da Mesa, respectivamente. O próprio Dary Pagung confirmou, por meio de sua assessoria, que vai ocupar o cargo.

A articulação para acomodação dos aliados aconteceu durante todo o mês de janeiro entre governo e a atual direção da Assembleia. Um dos principais articuladores foi o deputado Marcelo Santos (Podemos), aliado de Erick e que chegou a ter o nome ventilado como possível candidato. Marcelo deve continuar com a primeira vice-presidência da Casa. Quem também  se lançou à eleição foi Dary Pagung, que acabou cedendo para, possivelmente, compor a chapa única com apoio do Palácio Anchieta.

A eleição da Mesa Diretora da Assembleia acontece nesta segunda, 1° de fevereiro, na sessão preparatória a partir das 15 horas. Se Erick Musso se reeleger será o terceiro mandato consecutivo à frente da casa. Ele assumiu pela primeira vez em no biênio 2017/2018 e, após as eleições de 2018, ocupou de novo a cadeira da presidência até o início deste ano.

Polêmica

A eleição da Mesa da Ales começou bem antes de 2021. Mais precisamente em 27 de novembro de 2019. Erick Musso foi reeleito presidente em uma eleição antecipada em mais de 450 dias. Logo depois da sessão ordinária que aconteceu o dia 27 pela manhã foi convocada uma sessão extraordinária, quando foi realizada a eleição. Apenas uma chapa, encabeçada por Erick foi registrada para participar do pleito. Um pequeno grupo de parlamentares ainda tentou articular uma chapa para concorrer, mas sem sucesso.

Na noite do dia 8 de julho do ano passado, a Justiça Federal determinou a anulação da eleição antecipada, em decisão a favor de uma ação civil pública proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Espírito Santo (OAB-ES) em dezembro de 2019 depois da repercussão negativa da eleição antecipada.

No texto da sentença do juiz Aylton Bonomo Júnior, da 3ª Vara Federal Cível de Vitória, consta que "a eleição ocorrerá com base nas regras anteriores, sem os efeitos da Emenda Constitucional 113/2019". A emenda foi aprovada com finalidade de antecipar o pleito em 14 meses. 

Depois da decisão da Justiça, da ampla repercussão do caso e até de uma posição oficial do governador Renato Casagrande reprovando a antecipação, Erick Musso voltou atrás e desistiu do pleito.