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Moro revida, abre guerra com Bolsonaro e crise deve se agravar
Ao visitar a Superintendência da Polícia Federal no Rio, o ministro a Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro rebateu as provocações de Jair Bolsonaro.
Ao visitar a Superintendência da Polícia Federal no Rio, o ministro a Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro rebateu as provocações de Jair Bolsonaro, que utilizou o órgão para tentar enquadrá-lo no Ministério da Justiça.
Bolsonaro vem tecendo críticas a Moro por considerar que o ministro é o responsável pelas pressões sobre o Planalto no debate da Lei de Abuso de Autoridade, por exemplo. A popularidade do ministro no bolsonarismo também desagrada.
Atingido pelas Vaza Jato, o ministro já estaria estudando o melhor momento para deixar o cargo, de acordo com informações da revista Crusoé do site O Antagonista. Depois, o mesmo site publicou que Moro fica no cargo, apesar dos conselhos de aliados, de acordo com políticos com trânsito no Planalto.
"O próprio Sergio Moro, cuja autoridade acabara de ser posta em xeque mais uma vez pelo presidente, poderia se demitir? As bolsas de apostas em Brasília fervilhavam. Moro evitou falar. 'Sem comentários', dizia ao ser indagado sobre as declarações de Bolsonaro. Nos bastidores, porém, sabe-se que ele não está feliz. E, a pessoas próximas, já fala inclusive sobre qual seria o momento ideal para deixar o cargo…", diz um trecho da reportagem de Fabio Serapião, interlocutor habitual do ministro da Justiça.
O ex-juiz sofre desgaste por causa das irregularidades da Lava Jato que vêm sendo reveladas pelo site Intercept Brasil desde o começo e junho. Quando julgava os processos da operação em primeira instância, Moro interferiu no trabalho de procuradores.
O então magistrado negociou acordos de delação premiada e recomendou acréscimo de informação na elaboração de uma denúncia contra um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás.
Moro também questionou a capacidade de uma procuradora em interrogar o x-presidente Lula e sugeriu inversão da ordem das fases da operação, além de outras irregularidades que ferem a equidistância entre quem julga e quem acusa.